As 10 recomendações da Choosing Wisely Internacional

agosto 6, 2017
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Por José Carlos Campos Velho:

Em artigo publicado no dia 02 de agosto de 2017 no jornal The Commonwealth Fund, Wendy Levinson e Karen Born comentam sobre o crescimento exponencial da iniciativa Choosing Wisely no mundo, desde seu lançamento em 2012, pela ABIM Foundation, nos EUA.

Neste artigo, divulgado hoje pela Choosing Wisely Brasil, as autoras divulgam a lista de 10 recomendações da Choosing Wisely International, uma campanha internacional de combate à superutilização de recursos médicos.

Estas são as 10 recomendações, que traduzimos para o português:

1.Não proceda à solicitação de exames de imagem para a dor lombar nas primeiras seis semanas, a menos que “bandeiras vermelhas” (“red flags”) estejam presentes.

2.Não prescreva rotineiramente antibióticos para sinusite aguda leve a moderada, a menos que os sintomas durem sete dias ou mais, ou os sintomas piorem após uma melhora clínica inicial.

3.Não use benzodiazepínicos ou outros sedativos-hipnóticos em idosos como primeira escolha para insônia, agitação ou delírio.

4.Não mantenha terapia com Inibidores de Bomba de Prótons (IBPs) a longo prazo  para sintomas gastrointestinais, sem uma tentativa de suspender ou reduzir IBPs pelo menos uma vez por ano, na maioria dos pacientes.

5.Não realize imagens cardíacas de estresse ou propedêutica não-invasiva avançada na avaliação inicial de pacientes sem sintomas cardíacos, a não ser que marcadores de alto risco estejam presentes.

6.Não use antipsicóticos como primeira opção para tratar sintomas comportamentais e psicológicos da demência.

7.Não realize exames pré-operatórios de rotina antes de procedimentos cirúrgicos de baixo risco.

8.Não use antimicrobianos para tratamento de bacteriúria assintomática em adultos mais velhos, a menos que existam sintomas específicos do trato urinário.

9.Não utilize sondas vesicais de demora para incontinência, conveniência ou monitoramento em pacientes com doença não-crítica.

10.Não realize testes de imagem cardíaca de estresse como parte do seguimento de rotina em pacientes assintomáticos.

1 comentário

  1. Como professora universitária, parabenizo a iniciativa das escolas médicas, dos alunos e dos pioneiros da slowmedicine no Brasil, pela inserção desse oportuno e valioso tema nas discussões. É fundamental o crescimento e disseminação dessa ideia/disciplina que junto com outras (a Bioética, por exemplo), tentam fazer frente à ideologias hegemônicas – a Biomédica, nos seus aspectos ultrapassados e conservadores. A relação clínica respeitosa e comprometida é um dos pilares básicos que precisa urgentemente ser resgatado. A slow atenta, igualmente, para tão relevante questão!

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